sábado, 15 de novembro de 2014

NOTA DE APOIO AOS ESTUDANTES DA UNESP EM RELAÇÃO À REPRESSÃO SOFRIDA POR PARTE DA REITORIA.

Em 2013, os alunos da UNESP (Universidade Estadual Paulista) reivindicaram uma séries de melhorias dentro da universidade, optando, posterior a um período de greve, em face destas não terem sido atendidas, em favor da ocupação da reitoria, tendo esta logo terminado posto as promessas da instituição em cumprir os acordos estabelecidos em troca da desocupação da mesma. Promessas estas que ao serem descumpridas, serviram de estopim para uma segunda ocupação.
Não bastando o não cumprimento dos acordos estabelecidos pela universidade, após um período de greve e uma ocupação; a mesma retaliou de forma truculenta esta segunda ocupação, tendo retirado os estudantes através de força bruta e díspar.
O Coletivo Filosofia Pela Base, formado por alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC), considera inadmissível este tipo de tratamento; e impera por respostas ante tal barbaridade. Que tipo de Universidade responde de forma truculenta e bárbara reivindicações na melhoria do nosso Ensino Superior? Qual foi o erro dos estudantes da UNESP? Reivindicar por aquilo que deveria ser o carro chefe de qualquer administração governamental, a educação?
Nesse momento, é possível claramente ver a quem realmente o governo serve; e devo salientar, não é ao povo, mas apenas ao interesse dos poderosos que não desejam uma educação de qualidade. Nós, o povo, é quem sempre é resvalado a um segundo plano, contentando-se com o pouco que lhe é oferecido. Reivindicar direitos, reivindicar promessas feitas são ações que são respondidas com spray de pimenta, bomba de gás e prisão.
Esta repressão não nos cala, de forma alguma iremos recuar; a truculência é o motor de nossa indignação, de nossa força. Reconhecemos que este é um problema que compete não só a São Paulo, mas é generalizado em todo o Território Nacional.
Manifestamos por meio desta, total apoio a ação dos Estudantes da UNESP; cobrando da Instituição uma postura mais voltada para o dialogo, muito mais adequada a uma Universidade do que a ação
violenta com a qual esta tem se valido até então.

Coletivo Filosofia Pela Base

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Pré-ENEFIL

Coletivo Filosofia Pela Base - UFC convida a todos(as) para participar do primeiro pré-ENEFIL. 
O Encontro Nacional dos Estudantes de Filosofia é um evento que ocorre anualmente e que reuni os estudantes de filosofia de todo o Brasil. No ano de 2015 o ENEFIL terá sua 31° edição e acontecerá na Universidade de Brasília (UnB). http://enefilbsb2015.wordpress.com/
O primeiro pré encontro terá como debate a importância do ENEFIL e qual o carácter do mesmo. Também será apresentado o boletim unificado lançado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Filosofia. Todos estão convidado a participarem deste debate e fomentar discussões a serem levadas ao XXXI ENEFIL. 
#QueaFilosofiaVolteaSerPerigosa



domingo, 12 de outubro de 2014

NOTA DA EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA EM RELAÇÃO AOS PRÉ-ENCONTROS DE ÁREAS



O Encontro Nacional dos Estudantes de Filosofia (ENEFIL), que ocorre anualmente, terá sua XXXI edição entre os dias 18 e 24 de janeiro de 2015 e será sediado na Universidade de Brasília (UnB). O tema do encontro será: “Pensar o Brasil: Filosofia, Política e Formação”. A Executiva Nacional dos Estudantes de Filosofia (ENEF) vem por meio desta nota, informar a importância dos pré-encontros de áreas. Para as instituições de ensinos que têm o interesse em participar do XXXI ENEFIL faz-se necessário a organização dos pré – ENEFIL’s, pois será por meio destes que se desenvolverá as discussões que serão fomentadas no encontro. A executiva propõe que nos pré-encontros sejam tirados os representantes de cada Instituição de Ensino, pois serão esses escolhidos que serão os delegados da Plenária Final. Os pré – ENEFIL’s também serão de suma importância para os estudantes exporem suas propostas em relação aos grupos de discussões (gd’s) que serão apresentados no XXXI ENEFIL, e que servirão como uma espécie de substitutos do então “extinto”, COBREFIL (Congresso Brasileiro dos Estudantes de Filosofia). Para aqueles que não sabem o COBREFIL foi unificado ao ENEFIL na ultima edição do encontro (2014), que aconteceu na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). A decisão foi tirada em assembleia por parte dos membros, então presentes, do Movimento dos Estudantes de Filosofia do Brasil (MEFIL). A Executiva Nacional dos Estudantes de Filosofia reforça a importância dos pré-encontros de áreas, e propõe que esses espaços sirvam de pré-requisito para a participação dos estudantes no encontro nacional. O intuito dos pré-encontros é desenvolver espaços de debates a serem levados ao ENEFIL. Que as comissões de cada Estado estejam preparadas para discussões tanto acadêmicas quanto políticas.

Atenciosamente: Executiva Nacional dos Estudantes de Filosofia

segunda-feira, 9 de junho de 2014

NOTA DE REPÚDIO A REPRESSÃO DO ICA - UFC


Camaradas, sobre o acontecido de hoje (09/06/2013) que ficamos sabendo a pouco, e foi algo que chocou parte do corpo discente da Filosofia - UFC. Alguns estudantes, diante dos impasses, se sentiram reprimidos pela aparente insatisfação do senhor Sandro, diretor do ICA (Instituto de Cultura e Arte), e se virão na obrigação de repintar as colunas que estavam pichadas no prédio. Essas colunas tinham passado por intervenções por parte de alguns estudantes após uma tarde interativa para a decoração do Centro Acadêmico de Filosofia Manfredo Oliveira Colunas essas que pertencem além de tudo a nós, e não ao senhor Sandro, que é intitulado diretor do Instituto, e que foi este que não se sentiu a vontade quando viu as colunas pintadas. O diretor alegou que os estudantes teriam descumprindo um acordo, este acordo que seria, segundo o mesmo: pintar somente as dependências do C.A. No inicio do semestre, quando foi tirada uma assembleia com o Sandro, este falou que as intervenções seriam aceitas, porém, se houvesse uma reunião prévia com todo um conselho, mostrando o que seria escrito nas paredes, e assim, o conselho diria qual o local poderíamos, ou não, fazermos alguma intervenção. Intervenção? O que entendemos por intervenção vai MUITO além de escrever frases "bonitinhas" em cantos "adequados". Um absurdo deixar um estudante compelido e fazer com que o mesmo apague uma forma que encontrou de se expressar, tudo isso por receio de ser reprimido. Dentro da argumentação utilizada pelo então diretor, que seria de descumprimento de acordos, vamos relembrar o que a filosofia passou, no segundo semestre de 2013, quando mudou para o atual prédio: salas sem ar condicionado; barulho de obra durante as aulas; sol invadindo as salas por conta que as janelas não estavam em condições adequadas; prédio sem instalação de internet; e outro acontecimento que quase acarreta um estado de greve no curso, DEZ DIAS SEM ÁGUA, isso mesmo, o prédio do ICA, a obra magnifica da UFC, passou dez dias sem água, os banheiros estavam inutilizáveis e até mesmo para beber água os estudantes tinham que se dirigir até o R.U, onde tinha um bebedouro mais próximo. Algumas dessas precariedades permanecem até os dias atuais, boa parte do prédio continua em obra. Fomos jogados, essa é a palavra, JOGADOS, em prédio sem minímas estruturas para receber os estudantes. Onde o acordo seria: o curso de filosofia só vai para o prédio do ICA quando o mesmo estiver TOTALMENTE PRONTO. Agora vem o diretor Sandro querendo nos falar de descumprimentos de acordos? Queremos dar vida ao ICA, queremos mostrar que a filosofia vive e que temos o total direito de expor nossos pensamentos. Somos estudantes de filosofia, não fantoches. Somos seres que pensam, que agem, que se manifestam. Queremos colorir o ICA. Chega de ficar calado e aceitar tudo. O prédio pertence aos estudantes, queremos expor nossas ideias e pensamentos nas nossas paredes. Todo repudio à repressão do ICA!



Coletivo Filosofia Pela Base - UFC

quarta-feira, 9 de abril de 2014

50 ANOS DE GOLPE CIVIL MILITAR


            Em 1º de abril de 1964 abriu-se uma ferida histórica em nosso país. Ferida esta proferida por um golpe. Neste ano de 2014 completamos 50 anos do golpe civil militar brasileiro.  Este, que se fez por medo de uma ditadura comunista, prerrogativa ilusória usada como desculpa pra instauração de uma ditadura militar. E foi que se seguiu.
            O ano era 1964, o presidente era João Goulart, o Brasil sofria uma crise absurda e Jango, como era popularmente conhecido o presidente, começava a expor seus planos para tentar combater o quadro negativo que o país vivia, dentre elas a reforma agrária. Na época muitas jovens, pensadores, acadêmicos e intelectuais tinham em Cuba, na União Soviética, um exemplo a ser seguido: o comunismo. Seguindo ideias de igualdade, de respeito e de valorização dos mais pobres. Porém a elite brasileira, altamente conservadora e influenciada pelos Estados Unidos, pregava o comunismo como um inferno e os comunistas como o diabo, e para eles todas as pessoas que era contra as ideias conservadoras eram subversivos.
            Então as reformas propostas por João Goulart, como não condiziam com as propostas dos grandes empresários e militares brasileiros, fizeram com que logo o taxassem de comunista e que com essas reformas queria implantar o comunismo no Brasil. Com toda a caricatura demoníaca criada em torno da ideologia comunista, apoiada pela Igreja Católica, empresários, mídia e militares, e com o apoio dos Estados Unidos, do então presidente Kennedy, criou-se essa fantasia em torno de Jango e então os militares brasileiros apoiados por todos esses deram um golpe de Estado com a desculpa de livrar o Brasil do comunismo, está que seria uma ideologia sangrenta e que eles estavam ali para proteger o cidadão brasileiro, proteger os seus direitos.
            Essa foi a desculpa, mas o que se viu foi algo totalmente inverso. O primeiro presidente militar, Marechal Castelo Branco fez logo os famosos Atos Institucionais, fechando congresso, deixando partidos na clandestinidade, e a coisa só foi piorando, o povo não tinha mais liberdade. Quem falasse mal do governo, mesmo não sabendo nem o que era comunismo era taxado como subversivo. Pessoas foram mortas, torturadas, corrompidas e muitos desapareceram. Censuras e repressão foram pregadas como nunca. Peças teatrais, programas de rádio e TV, jornais, novelas até piadas passavam por um filtro militar para ver se não existiam criticas ao governo, se fosse identificado algo fora dos padrões da ditadura, não era liberado para a sociedade.
            Grupos de resistência foram formados para o enfrentamento contra os militares. O povo, mostrando seu descontentamento, não cedeu à domesticação militar resistindo. Os estudantes ligados a movimentos, ou mesmo independentes foram a vanguarda de lutas. A repressão era enorme, você tinha que tomar cuidado em cada palavra, com quem andava, onde andava e até o que lia, anos de tortura, mortes, cadáveres ocultados, mas na época ninguém podia falar nisso, pois o governo não deixava só quem sabia disso era quem estava contra o regime.  Até os dias atuais estes são alguns dos fatos que muita gente prefere ignorar e/ou esquecerem simplesmente. Mas para nós, é algo a ser lembrado, não esquecemos e nem perdoamos, é uma cicatriz que ainda dói e deve ser relembrada como combustível de força e esperança, sede por mudanças e a vontade de viver em um país livre!
            Com o passar do tempo a coisa ficou tão escancarada, tão repressiva e absurda que a maioria já sabia o que de fato era o governo militar, o povo ganhou as ruas pedindo DIRETAS JÁ !!! O país estava um caos, pior, muito pior do que na época de Jango, pois agora o Brasil estava coberto de sangue, sangue derramado pelas mãos dos militares, os mesmo que tomaram o poder com a desculpa de salvar o Brasil do sangrento comunismo, os mesmos que juraram defender o povo brasileiro. O Brasil era um mar de sangue, era uma nação de gente desaparecida, de gente exilada, era uma nação onde era crime poder pensar, poder falar, uma nação com medo, mas o povo lutou, foi as ruas, e a pressão popular foi tanta, que os militares viram que não tinham mais como sustentar a fantasia de um governo e de país perfeito, onde na verdade era uma carnificina.
           João Figueiredo, o último presidente militar, entrega o cargo e depois de 21 anos de ditadura, de luta, de repressão e de morte o Brasil volta a ser um país “democrático” e o povo volta a ter esperança de dias melhores. Porém, o que podemos ver, até os dias atuais, é uma ditadura fantasiada de democracia. O governo mudou, porém continua a servir aos burgueses, prova disso é todo o seu empenho em oprimir toda e qualquer manifestação popular de caráter revolucionário. Há a resistência, continuamos na luta. O levante de junho mostrou o descontentamento das massas. Nós, estudantes, trabalhadores, pessoas que vivem na precariedade perante o Estado, esse que é violento, estamos na luta, nós estamos unidos pelo passe livre, pela desmercantilização da educação, pelo livre acesso as universidades, valorização do trabalhador e demais reivindicações coesas fora das manipulações partidárias.
            Temos que tomar a luta do trabalhador como a luta do estudante e a luta do estudante como a do trabalhador, afinal somos o povo, e somente unidos poderemos superar os problemas sociais. Não vamos deixar esquecer, não vamos deixar o tempo apagar as vidas daqueles que morreram lutando contra a ditadura, não podemos cair no mesmo erro, DITADURA NUNCA MAIS! Descruzemos os braços e vamos a luta.

-EDSON LUIS?

-PRESENTE!

NÃO ESQUECEMOS E NEM PERDOAMOS!!

Coletivo Filosofia Pela Base - UFC

quinta-feira, 6 de março de 2014

[8 de Março] Dia Internacional da MULHER Trabalhadora


DA LINHA DE FRENTE NINGUÉM ME TIRA! 

8 de Março – Dia Internacional da Mulher Trabalhadora


O capitalismo apenas concedeu às mulheres trabalhadoras a dupla-exploração e a superexploração. Ao passo que aumenta a participação das mulheres no mercado, cresce a informalidade\precarização entre elas. Essa tendência se intensifica em função da Copa, com as remoções e a especulação imobiliária, o deslocamento dos postos de trabalho, a instabilidade no emprego e o arroch­o salarial, que empurram ainda mais a mulher trabalhadora para a informalidade. As mulheres constituem grande parte do proletariado marginal e sendo parte da classe trabalhadora e oprimida, se indigna e luta.
Desde o início das jornadas de ju­nho em 2013 é nítida a predominância da estudantada e proletariado marginal nas ma­nifestações; logo, também é notória a parti­cipação das mulheres nos atos mais combati­vos e na linha de frente destes, atuando de forma intensa, contínua e crescente nas ruas, assumindo tarefas cada vez mais ousadas e ofensivas.
Nas manifestações é evidente que os agentes de repressão do Estado têm como alvo tático as mulhe­res. Ademais da re­pressão violenta e generalizada nos atos, as detenções das ma­nifestantes, via-de-regra, são acompa­nhadas de assédio e abuso sexual, além de depreciação misó­gina. O Estado, reco­nhecendo nas mulhe­res uma ameaça ao sistema de exploração-opressão, tratou de recrutar um enorme con­tingente de policiais femininas, neo-capitãs do mato, para atuarem objetivamente contra as mulheres do povo.
Os inimigos de classe e seu “femi­nismo” burguês, apoiando-se e apoiados pela mídia (burguesa) de massa, ansiosos por en­quadrar as mulheres num ideal de feminili­dade, assustam-se ao ver corpos femininos reincorporando a agressividade e combativi­dade que a sistemática domesticação bur­guesa (e patriarcal) tentou aplacar.
No campo, historicamente, as mulhe­res desempenharam papéis decisivos na luta pela terra. São incontá­veis as lideranças cam­ponesas mulheres atu­antes e alarmante é o número destas assassi­nadas pelo Estado e pelo latifún­dio\agronegócio. Tam­bém, nota-se que na medida em que os dife­rentes povos indígenas reconhecem a impor­tância da mulher não apenas na organização interna de suas comunidades, mas na for­mulação de estratégias de luta por direitos e território, avançam mais consistentemente em direção aos seus objetivos. Ao longo dos últimos anos, as mulheres indígenas vêm se destacando como referência política inclu­sive para os não-índios.
A cultura da subserviência sexual e de violência doméstica\familiar também servem como dispositivos de amansamento da mu­lher proletária, consequentemente são ferra­mentas de dominação de classe. Portanto, é preciso apontar que o opressor machista age indiretamente em favor dos exploradores. Neste sentido, é urgente combater o ma­chismo que se manifesta também no seio da classe trabalhadora. Ele age para nos divi­dir. Não se pode reivindicar o classismo sem incorporar a luta pela emancipação inte­gral da mulher (econômica, política, sexual, cultural e etc.). O povo só se liberta quando todas suas frações e grupos se libertam.
Nos primeiros grandes atos de 2013, parte dos manifestantes, tomados por senti­mentos paternalistas, clamavam às comba­tentes que recuassem. Mas, com a progressão dos atos e com a intransigência destas mu­lheres, que não admitem serem me­ras espectadoras de suas próprias batalhas, coube aos homens dizer “Avante, lutadoras!” e marchar ao lado delas, confiantes, ombro-a-ombro, rumo à emancipação integral do proletariado e de suas frações marginais.
“Da linha de frente ninguém me tira” é a resposta das mulheres combativas ao Es­tado e ao machismo. Não basta apenas mo­bilizar as mulheres para que tomem as ruas, mas exigir dos homens que as reconheçam como companheiras de luta e heroínas do povo, que as respeitem e que se solidarizem a elas, em toda parte e sempre. Homens e mulheres trabalhadoras: somos uma só classe!
Avante mulheres Black Blocs!
Pela construção de comitês de autodefesa das mulheres!
Combater o machismo é tarefa revolucionária!
NÃO VAI TER COPA!!!

ASSINAM  ESSE  MANIFESTO:
  • Fórum de Oposições pela Base – FOB
  • Rede Estudantil Classista e Combativa – RECC
  • Ação Sindical Classista – ACS
  • Oposição de Resistência Classista – ORC
  • Coletivo Aurora
  • Liga Sindical Operária e Camponesa – LSOC